sábado, 6 de junho de 2009

A Estação

O metrô para na estação e uma voz oculta anuncia o nome dela, enquanto isso o cigarro vai queimando lentamente mesmo sem ter uma boca na ponta amarelada sugando a nicotina. Uma cerveja gelada e dourada desce a garganta inflamada anestesiando o cérebro depressivo. A grávida chora, pois é isso que seus hormônios mandam, sobre o corpo do amante. A faca suja ainda está enterrada na barriga do desonesto e machista. Um falso deus assiste a tudo de sua televisão com chuviscos e fantasmas. Ele foi colocado ali por pessoas que nem tiveram conhecimento de sua existência. O falso Deus chora como um bebê ao ver nossas almas em sua TV Digital. O cigarro ainda queima, quase no fim do tabaco. As armas apontam para a mulher grávida enquanto suas mãos são algemadas e seu bebê se prepara para nascer nas próximas 32 horas. E assim sendo, o metrô segue para a próxima estação.

Heitor Godau – 14.03.2009

4 comentários:

Mariana F. Bordin disse...

Pooo, faz tempo que vc nao atualiza!!! Você pode caprichar mais né Heitor!! Por favor!

Mariana F. Bordin disse...

Estive aqui clicando no seu Ad Sense! Passa lá e clica no meu! rá!

rockesoda disse...

Belo texto!
E assim esperamos a próxima estação...
passa no meu blog tb Heitor! www.rockesoda.blogspot.com

beijos
Camila Melim.

Mariana F. Bordin disse...

... tá criando pó aqui!