quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Ano Novo Teatral!

Fogos explodem no céu e bombas na calçada. Corpos entrelaçados na alegria da meia-noite e bocas amordaçadas no desespero da madrugada. Gritos de "VIVA!" cortam o ar e gritos de dor o coração. Lágrimas da certeza de um futuro melhor escorrem pelas faces e lágrimas de dor da falta de um futuro molham os destroços. Promessas de felicidades são cuspidas das bocas risonhas e projéteis dos canos quentes. O estouro ao arrancar a rolha da garrafa e a explosão ao arrancar as pernas de uma pessoa. O sorriso de um novo ano e a dor de uma velha guerra partilham o mesmo palco.

Heitor Godau - 31/12/2008
*Um ótimo ano novo, mesmo para os que não chegarão até lá.*

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Natal de Papelão!

O fio afiado da faca desliza pela carne quente do defunto suíno. Um festival dentário é apresentado dentre gargalhadas histéricas e histórias sem-graça. A casa toda iluminada, sem pó e bem arrumada por, pelo menos, um dia do ano. Todos estão contentes, fartos de comida e loucos pelos presentes. Rasgam os papéis e cortam as fitas que empacotam sua felicidade simplista. De barrigas cheias e corações vazius se abraçam e fazem juras de amizade e alegria. E eu tenho que assistir a tudo pela janela embaçada. Está tarde, tenho que voltar para meus papelões na calçada.

Heitor Godau - 24/12/2008
*Um Feliz Natal, à quem tem e quem não tem!*

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Venha 2008!

Caríssimo 2008. Como amigo que sou já venho logo lhe avisar do que te espera nesse mundo. Jogaram pra você, meu bom amigo, a responsabilidade de viver um dia a mais do que o normal. E é pra você que entregaram os problemas nos aeroportos, na casa branca, no oriente médio, nas cadeias, nos senados, no planalto do distrito federal, nos poços de petróleo, nos paises vizinhos...enfim. Terá 366 dias de muito trabalho. Mas confio em você, pequeno recém-nascido, sei que fará de tudo pra ajudar esses que preferem atrapalhar à dar uma mãozinha. Não vou me exceder muito neste texto, querido 2008. Não vale tanto a pena. Verá com seus próprios olhos o que está por vir, o que lhe entregaremos em mãos e pra que beijaremos seus pés. Qualquer ajuda que precisar conte comigo, estou aqui há algum tempo, sei um pouco como as coisas funcionam. Não pense duas vezes, me chame. Se tiver outros bons amigo, como eu sei que deve ter, peça a ajuda deles também, sei que não vão negar. Bom, era só isso que eu queria lhe dizer, que venha com tudo, de mangas arregaçadas e roupa de faxina, por que você terá muito trabalho pela frente, muito mesmo!

Heitor Godau – 01/01/2008

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Rindo-se no Natal?

25 de Dezembro de 2007, terça-feira, dia cinzento numa cidade poluída. Ando pelas ruas e vejo cabeças baixas, pessoas tristes carregando garrafas vazias, mas cheias de desgosto. A vida sendo vivida pelas avessas por pessoas que vestiram a roupa ao avesso. Mas uma ri, uma única pessoa ri. Até mesmo os bebês cheios de inocência sentem o drama natalino. Mas o que há com essa pessoa que ri? Por que ela tem que rir? Em pleno Natal?! Continuo só olhando, estou agora sentado no bar e olho para esta pessoa que sorri de pé na calçada. Engulo de uma vez meu copo com Gin pra ver se seu álcool me faz rir como a pessoa que olho. Que nada...como alguém poderia rir em pleno Natal? Nem mesmo com a garrafa inteira de Gin. Qual o mistério daquela pessoa? Não consigo nem mesmo destingir o rosto da pessoa. Não sei dizer se é homem ou mulher, se é criança, adulto ou velho, se é branco ou moreno, se é daqui ou é gringo...Cansei desta baboseira de risos justo no Natal. Ninguém ri no Natal, isso já deveria ser lei. Deixo uma nota justa para pagar minha infelicidade alcoólica e ando de encontro à pessoa risonha que quer se destoar do mundo para perguntar-lhe por que diabos está rindo se é Natal. Fico cara-a-cara, vejo que é homem e é jovem. Me lembra alguém, esse sorriso, esse ar de promessa de um futuro, essa aura de querer mudar o mundo...Como eu ñ percebi quem era? Como eu não me lembrei de você? Meu rapaz, justo você que me deu meus melhores momentos, justo você que me deu histórias pra contar, bebedeiras pelas madrugadas, zoação, mulheres. Como pude me esquecer justamente de você, minha juventude. De como eu me ria no Natal, como a vida tinha cor, como o futuro só dependia de mim, dos meus sonhos, da minha esperança, dos meus ideais infinitos. Muito obrigado juventude, muito obrigado por esse presente de Natal. Muito obrigado por me lembrar de que é justamente no Natal que se sorri e é nele que recarregamos as forças pra manter o sorriso pelos outros 364 dias do ano. Realmente muito obrigado por voltar pra mim nesse Natal, minha querida juventude sonhadora. Agora eu posso voltar a sorrir!

Heitor Godau – 25/12/2007

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

**URGENTE** (mas não muito)

Enfim dezembro...quem disse que não chegariamos aqui, não é?! Pois bem, aqui estamos. Eu escrevendo e vocês lendo. O mundo (ainda) não se acabou, temos um estoque razoavel de petróleo e água para as próximas 2 ou 3 gerações, ainda temos arte, música e dinheiro para nos fazer felizes e logo mais teremos o Natal e na sequência o ano novo, um lindo ano de 2009 chegando fresquinho! Já enrolei o bastante, venho aqui avisar-lhes que nesse mês farei coisas diferentes, por exemplo, esse vai ser o post da semana, nada de textos, críticas, poemas ou porsas, só esse post aviso. Semana que vem postarei na quinta-feira (11/12) um texto que fiz para o Natal do ano passado, na semana seguinta (18/12) um texto que fiz para 2008 (estavamos em 2007 então contava como texto de ano novo. Muito complicado?). Finalmente dia 25 de dezembro postarei o texto de Natal que ainda farei e dia primeiro de Janeiro de 2009 postarei o texto de ano novo!
Obrigado pela atenção, adoro quase todos vocês e tenham uma ótima semana!!

Heitor Godau

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Malditos Enviados!

E no final das contas quem tem que nos salvar são os enviados que acabam nos salvando dos nossos males que nós criamos e que só fazem mal a nós mesmos. Malditos enviados! Quem pediu pra eles se intrometerem nos nossos assuntos?!

Heitor Godau - 01/02/2006

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Graças A...Quem?

Deus, deus, DEUS! Quem é Deus, o que é deus? Como pode Deus ser Jesus e o pai dele, que é ele mesmo, ou seja, pai de si mesmo?
Será DEUS um ser real e surreal ao mesmo tempo, vivente de outro plano cósmico? Ou apenas uma mega mentira espantosamente bem elaborada?!
Deus faz faxina no unverso uma vez por bilênio ou será que ele paga alguém pra fazer isso?
Será que ele é como descreve o poeta: "Um velho ranzinza que só se põe a falar obscenidades e a escarrar no chão, xingando a todos que ve."?
O Diabo seria deus de mau-humor ou seria Deus, o diabo de bom-humor?
Se deus criou o homem em sua imagem e semelhança, os cachorros ele criou baseando-se no que? Em sua sogra?
DEUS pode ser apenas um ótimo marketeiro, quando alguém faz algo bom é "Graças a Deus!", porém se alguém faz algo ruim é "A humanindade é comrrompida, o homem é mau!". Entendem o que eu digo?! "Deus seja louvado e, em sua infinita bondade, tenha piedade dos homens, que para falar a verdade, foi o Senhor mesmo que criou como bem quis!".
Por falar em "bondade infinita", dizem por aí que Deus tem uma "bondade infinita", mas mesmo assim, se alguém desobedece algum dos mandamentos divinos será castigado, como ja diziam as avós: "Não faz isso mininu, olha que Deus castiga." Agora digam-me, como o "Senhor de todos os povos" tem uma "infinita bondade" e castiga os outros, vendo que castigar é algo como vingança ou punição por ter desobedecido.
Se você desobedecer algum dos 10 (absurdos) mandamentos que Ele escreveu para nos proteger das nossas próprias imbecilidades, Ele vai te castigar e te punir infligindo as mais horríveis torturas jamais imaginadas por toda a eternidade, mas Ele te ama!!

Heitor Godau - 17/11/2008

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Favor, Embarcar!

Sem bagagem sem cinto de segurança eu sai pela porta da frente não sei porque queria estar aqui queria ter ficado sou tão gentil agora tenho que enfrentar a mim mesmo fui apagado de você só espere um pouco não sei pra que mas espere por favor.

Heitor Godau - 18/03/2008

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Energia

Como lhes contar tamanha maldade
Em todo sentido de uma ambigüidade
Mesmo pensando em puberdade
Já instalado em sua cidade
Que se mantém iluminada até tarde.

Caneta que menstrua tais idéias
Metafísica nojenta que envolve minha alma
Não sou, mas posso estar feliz.
Se existe algo que dura menos que a vida só pode ser a felicidade. De poesias e poemas já passei pra versos livres, assim como minha pinga passa do meu copo para meu cérebro.
Já chega de falar, vamos fazer. Faça logo enquanto eu falo o que tem que ser feito!
Não subestimem minha inteligência, quando eu conseguir comprar uma ela será muito melhor do que a de vocês.
Versos, letras, linhas, desenhos, tinta, caneta, menstruação de idéias, abusos de palavras com sentidos dignos de serem chamados de universo.
Uma Coca-cola gelada desce minha garganta juntamente com uma boa quantia de macarrão da China in House. Nada melhor do que comemorarmos nossa independência.
Por hoje é só. Quero dormir. Fiquem à vontade para lerem o que quiserem, só não leiam muito pra não acabarem dormindo também!

Heitor Godau - 01/02/2006(dd/mm/aaaa)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

O Suicida

Sentindo a brisa gelada que sopra na beirada do topo do prédio!
Passa por minha cabeça, sem que eu esqueça, uma vida cheia de tédio!
Mal dá pra ver o capacho que está lá em baixo com o nome do hotel!
Respiro fundo e penso no mundo que nunca me disse qual é meu papel!
Me jogo sabendo o que estou fazendo, finalmente, da minha vida!
E gosto da idéia de dar à platéia, minha morte crua e sofrida!
A calçada se aproxima e a nuvem acima de mim se afasta!
O último som que escuto é o baque surdo da minha vida gasta!
Todos me olham com asco e vivem seu fiasco também querendo pular!
Todos nesta história são suicidas sem glória, prontos para se jogar!

Heitor Godau – 28/10/2008

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Ultimato

O que acha tanta gente, tanta paz nesse mundo!
O que acha não importa, tanto faz tudo é imundo!
Se se importa com que eu digo não se importa com que eu falo!
Se importa um mendigo, quem se importa não tenho saco!

Tanto faz tua presença, não me importo com sua vida!
Quem se importa si é vendida, tanto faz a tua crença!
Cabeça vai cabeça fica não me ligo em detalhes!
Se a bondade é amar-lhes, que a maldade seja rica!

Dor de dente dor de estômago tudo isso é poema!
Minha alma tem um âmago e ele é o problema!
Que moderno tem a vida o que de vida tem o moderno!
Se os gêmeos são a rima, quem se importa o que é fraterno?

Heitor Godau -24/05/2006

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Será Que É?

Isso tudo é muito estranho, andei reparando que tudo está exatamente igual, as nuvens continuam a passar, o céu continua azul, as montanhas continuam altas, o mar continua salgado, a areia continua fina e solta, o sol continua quente e a noite continua escura. Tudo sempre igual, o rio continua correndo, e o lago parado, a água continua molhada, a terra continua marrom e a pedra continua dura. Tudo sempre igual, a grama continua verde e no outono as folhas continuam a cair, no inverno esfria e na primavera há flores, as ovelhas continuam dando lã, os cachorros continuam latindo, os gatos continuam miando, os bebês continuam chorando de fome, os mendigos continuam pedindo esmola e as árvores continuam crescendo e "TUDO" continua sendo "TUDO"! Mas apesar disso tudo, tudo está diferente, as nuvens não passam mais, o céu não é mais azul, as montanhas não são tão altas, o mar nem é tão salgado, a areia é grossa e pisada, o sol está mais frio e a noite ficou mais clara. Tudo está diferente, o rio não está mais correndo, o lago não fica mais parado, a água está secando, a terra está ficando branca e a pedra está amolecendo. Tudo está diferente, a grama está ficando marrom, e no outono nenhuma folha cai, no inverno faz calor e na primavera as flores morrem, as ovelhas estão eternamente peladas, os cachorros estão mudos, e os gatos piando, os bebês estão quietos, os mendigos ricos e as árvores estão raquíticas e "TUDO" não serve para "NADA"! Apesar disso tudo, "NADA" está igual ao que era diferente, e "TUDO" se diferencia quando continua igual!
"O VIVO CONTINUA MORRENDO DE AMORES PELO MORTO QUE ESTÁ VIVO EM SUA MENTE QUE SE MOVIMENTA PARALISADA. ESCUTANDO SONS QUE NÃO SAEM DE LUGAR NENHUM E SÃO DIRECIONADOS A ALGUM OUVIDO SURDO QUE AS ESCUTA E OBEDECE, NÃO FAZENDO O QUE ELAS MANDAM!"

Heitor Godau - 11/02/2005

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O Louco e a Doutora

A vida te leva pra muitos lugares, doutora. Te traz sensações e sentimentos muito estranhos e diversos. Como agora, por exemplo, a vida te trouxe até esse hospital psiquiátrico, te trouxe até minha cela, e te apresentou a mim, doutora. Isso foi há 6 anos atrás. Todos as noites, durante esses 6 anos, você visitou minha cela pra saber se eu não ia me matar de madrugada e eu nunca falei. Alias, desde que eu estou aqui eu nunca abri minha boca pra falar com ninguém, mas agora você ta me ouvindo falar, doutora. E pela sua cor deve estar bem espantada.
Mas como eu estava dizendo, a vida faz isso com você, mas ela também pode te ignorar. Assim como me ignora e ignora você também, doutora. Você trabalha aqui por que não tem mais ninguém lá fora pra você. E eu vim me “hospedar” aqui, porque não quero ninguém lá de fora. Sabe, doutora, eu consigo ver a alma das pessoas, eu vejo a minha, vejo a sua e vejo a de todos que estão lá fora, eu escuto o que eles trazem bem no fundo da mente. E vai por mim, não é toda essa bondade que eles trazem por fora. É cruel, doutora, muito cruel. Suas verdadeiras vontades, seus verdadeiros prazeres aprisionados, tudo é muito cruel. O que me deixou louco, não foi ver dentro da minha alma, foi ver dentro da alma dos outros. Tem a garota que adoraria furar os olhos das pessoas no ônibus, tem a menininha perturbada que adoraria esfaquear o gato, tem o cara que sentiria prazer em torturar os outros e por aí vai, doutora. Eu já estou aqui há tanto tempo, que ninguém mais sabe como eu cheguei aqui, todos os funcionários que trabalhavam aqui quando eu cheguei já foram trocados. Faz tanto tempo, que nem eu mesmo lembro como cheguei aqui, não lembro nem do meu nascimento, mas eu sei que faz tempo. Não sei muito bem porque eu, nem como, nem de onde veio isso, mas eu estou vivo a muito mais tempo do que você imagina, doutora. Eu envelheço muito devagar, eu vi a segunda guerra mundial, vi a primeira, vi quando apareceram com a eletricidade, vi quando todos resolveram se lançar ao mar pela primeira vez, vi quando Roma ainda estava no auge do império e ve ela arder em chamas, na época de Roma eu ainda era um garoto. Quanto mais o tempo passa, mais devagar eu envelheço e não sei até onde isso vai chegar.
Acho que já chega de falar né, doutora. Pois bem, meça meu pulso, olhe nos meu olhos com sua lanterninha, cheque minha garganta como você sempre fez nos últimos 6 anos. A última vez que falei com alguém antes de hoje, já deve fazer uns 20 e tantos anos, ou mais...depois de viver tanto, eu já não consigo mais entender como o tempo passa. Bom, isso era tudo que eu tinha pra falar e não perca seu tempo esperando me ouvir falar de novo com você.

Heitor Godau – 13/11/2007

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Pranto Fúnebre

Sinto sangue cheiro forte corpo fúnebre. Funésta alma calma embala a meia-noite. Triste e tarde toque do relógio espanta corvo de corpo morto. O tilintar do cristal na hora de cova morta acorda do torpor o senhor eterno. O mal ao qual renasce a face. Do bem a quem reage ao rugido rude do além. Sei quem vem e vou também. Rapaz capaz de ver logo atrás, o mogno caixão no corrego de gente descente. Gente que chora um pranto manso escorre do canto do olho que olha o olho que o olha. Canta um conto que conta um mantra. Gente santa que encanta enquanto anda. Minha alma vaia e meu corpo aplaude. Assim termina a história da humanidade que caminha na multidão sozinha.

Heitor Godau – 03/01/2007

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Hoje Não!

Hoje não tem História, nem Música e nem TV.
Hoje não tem Glória, nem pra Mim e nem pra Você.
Hoje não tem Festa, nem Comida e nem Canção.
Hoje não tem Reza, nem Amém e nem Oração.
Hoje não tem Luta, nem Vitória e nem Perder.
Hoje não tem Culpa, nem Memória e nem Prazer.
Hoje não tem Morte, nem Ferro e nem Riqueza.
Hoje não tem Sorte, nem Zero e nem Avareza.
Hoje não tem Pão, nem Vinho e nem Vinagre.
Hoje não tem Cão, nem Cruz e nem Milagre.
Hoje não tem Caderno, nem Tinta e nem Caneta.
Hoje não tem Afeto, nem no Homem e nem no Planeta.


Heitor Godau – 15/10/2007

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Acordado!

Acordado! Olho-me no espelho e vejo isso, um rosto deformado e reformado pela mente, minha mente criada pela escola da ilusão, mente imaginária para um corpo virtual, virtualmente destruído. Olho-me no espelho, nos espelhos, pelos bares, banheiros. Meu olho que vê o olho que me vê. Mentiras, minha mente mente para o meu olho, meu olho olha meu rosto, não mais em espelhos. Desta vez meu rosto está em minhas mãos, um rosto de plástico. Um rosto para esconder meu rosto.
Acordado! Odeio sonhos, mais uma vez eu sonho que está tudo bem, que sou perfeito de novo. Mas é só um sonho, mais uma vez eu queria acordar morto. Cadê a música? Não devia estar tocando “Blues"? Mas não ouço "Blues", ouço apenas meus murmúrios e lamentos. Não ouço mais saxofones ou violões, apenas meu choro desafinado entra pelos meus ouvidos e vai atormentar minha mente de novo e de novo, toda noite, sempre segundos antes de eu dormir e segundos depois que eu me encontro...
Acordado!

Heitor Godau-9/07/2004

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Digestão Embriológica

Nascidos fetos redundantes,
De suas entranhas agonizantes.
Fetos feitos de sangue e mal,
Com iguais lembranças da massa visceral!

A parteira ao seu trabalho está de volta,
Tenta tirar o filho de dentro da mãe já morta.
E na agonia do ser ou não ser,
É feito o que se deve fazer!

Em sua mais fria ambição
É posto a infernal opção,
Do aborto mal ocorrido.

Em sua mais louca alucinação
Foi nascido como no fim da digestão,
Que agora não passa de embrião digerido!

Heitor Godau – 18/11/2003

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Seus olhos fitavam o velho cinema. A quanto tempo ela não olhava para ele?! Desde que seu pai morrera quando ela tinha treze anos, passou de família adotiva para família adotiva, não teve mais casa nem cinema, mudou de cidade, de vida, de paixões e de princípios. Mas agora, com vinte e cinco anos, em uma viagem de negócios foi parar na sua cidade natal, visitou seu bairro e olhava com carinho e saudade o cinema que a fizera sentir paixão quando era uma criança de cinco anos, que lhe proporcionara a melhor sensação de sua vida quando tinha dez anos e agora ela entrava como telespectadora pagante pela segunda vez, mas tudo era muito diferente. A mulher da bilheteria não era tão simpática quanto antes, ela caminhou pelo tapete até a catraca, mas faltava algo, o lanterninha apenas pegou o ingresso, destacou-o e nem a olhou no rosto. Ela assistiu ao musical e se pegou chorando. Era o mesmo cinema, o mesmo tapete, o mesmo cheiro de pipoca, a mesma cadeira...mas não havia mais seu pai, não havia suas mão grandes que a protegiam, não havia seus olhos que a acalmavam, seu sorriso que fazia ela crer que o mundo era apenas ela, ele e uma tela brilhante. A quinze anos atras esse fora o melhor momento entre todos que ela já teve ou terá um dia, mas quinze anos depois, ela sentia toda a tristeza, toda a saudade, toda a dor que ela aprisionara dentro dela desde os treze anos! E quando as luzes acenderam, ela continuou lá, chorando, quieta, até o lanterninha a expulsar do cinema para começar uma nova sessão.

Heitor Godau – 1/09/2008

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

No aniversário de dez anos, seu pai deu o único presente que estava a seu alcance financeiro: levou-a ao cinema. Para o pai isso era pouco, deixaria a filha feliz, mas ele preferiria dar um vestido bonito, ou quem sabe uma boneca de verdade ao invés das bonecas de tubos de papelão e panos costurados por ele mesmo que ela costumava brincar. Para a garotinha, era muito mais do que um presente, era a realização de um sonho que ela degustava por cinco anos. Algo que ela jamais esqueceria, algo infinitamente superior a um simples presente de anivesrário. O pai deixou-a comprar o ingresso, suspendeu-a pela barriga, envolvendo-a com suas mãos duras e grandes de trabalhador, ela ficou na altura da moça da bilheteria e pediu duas entradas para o musical. A moça sorriu (ela jamais esquecera desse sorriso) e entregou-lhe os ingressos. A menina andou segurando a mão do pai e andava com altivez e convicção, ela já havia percorrido aquele caminho milhares de vezes. Entregou os ingressos ao lanterninha e olhou nos olhos dele, ele também sorriu, falou frases amigáveis e acariciou sua cabeça (isso deixou a menina confusa, não era assim que ela imaginava o lanterninha quando fizesse sua vingança, mas adorou o sentimento). Todos sorriam para ela, era seu dia, seu aniversário e seu sonho. Assistiram o musical juntos, os dois sem despregar os olhos da tela, sem pipoca, sem refrigerante, sem balas ou chicletes, apenas ela, seu pai e as danças maravilhosas do casal principal. Pela primeira em dez anos de mundo, ela vira o filme inteiro, desde os nome dos atores, até o “The End”!

Heitor Godau – 13/08/2008

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Entrava sempre às escondidas, era fácil graças a seu tamanho diminuto de criança de cinco anos. Se maravilhava com a tela iluminada, a música, os atores em preto-e-branco, as danças dos musicais, os sapateados na tela gigante do cinema! Antes de acabar o filme era sempre pega pelo lanterninha e posta pra fora. Mas no dia seguinte lá estava a menina de novo, para rever o mesmo filme quantas vezes pudesse. Nos dramas, lágrimas escorriam, nas comédias, ela ria baixinho com a mão na boca, na ação, ela sorria e se empolgava junto com o mocinho, nos filme de gangster, ela os xingava e praguejava em voz muda, apenas mexendo a pequenina boca e fazendo cara emburrada. Ah! Que mágico era aquilo pra ela, seu sonho era poder assistir um filme inteiro, entrando com glamour olhando pra cara do lanterninha e entregar-lhe o ingresso, sentar-se em uma cadeira vaga que esperaria por ela e assistir, sem preocupações de ser pega, toda mágia que havia naquela pequena sala do único cinema de seu bairro!

Heitor Godau – 13/08/2008

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Caro amigo,

Sei que há anos não nos vemos e tão pouco lhe escrevi
Mas ao comprar o leite, hoje, me lembrei de ti
E mal posso descrever a surpresa que senti
Ao recordar do dinheiro que me deves,
Pode pagar, por favor, pode pagar
Não quero nada teu, quero apenas o que é meu
Pode pagar, por favor, pode quitar
Essa divida que há anos já correu
Não venha com aquela que está mal de vida,
Pois já sei que tem casa, carro e até uma menina
Enquanto eu ainda estou nesse buraco sem ninguém
Rezando muito e economizando no amém
E não seria desagradável a meu ver
Se somares nessa conta um pouco mais, quem sabe cem
Não peço muito, apenas generosidade
E peço, meu amigo, não me deixes na saudade
Responda esta cartinha sem trapaça ou maldade
E antes de lacrar e enviar o envelope
Ponha dentro o dinheiro e a minha sorte
Termino esta carta sem vontade chorar
Pois sei que logo logo vou me recordar
Da tua caligrafia e do cheiro do meu dinheiro
Esperarei ansioso pela visita do carteiro!

Heitor Godau – 4/08/2008

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Sinceramente Falso


Quando ando na rua

As pessoas me apresentam seu sorriso pronto

E estendem a mão suada

Mas deixam em pose nua

Todo seu repugnante ser escroto

E a alma deformada



Ninguém nunca tem ciência

De qual sorriso está usando

Apenas vestem um e usam livremente

Sem saber da veemência

Que esse órgão malandro

Teria se usado sinceramente



Por isso convidamos que venha junto

Seja também um ilusionista

E brinque com nossos sentidos

Esqueça o espírito, esse pobre defunto

Traga seu sorriso de artista

Pintado com carvão de corações partidos



Heitor Godau – 18/03/2007

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Vou dar-lhes um tempo dos meus textos e postar, dessa vez, um mais bem feito!
Ele é um dos meus poetas preferidos e o poema que vou postar é meu preferido dele! Degustem-no!

Psicologia de um Vencido (Augusto do Anjos)

Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.

Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme - Este operário das ruínas -
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!

(Em 1909)

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Amor,

Venho por meio desta epístola, chorar mágoas e pedir perdão. Digo-lhe o que és, de fato, para mim e como te vejo, tal qual, te olham outros olhos.

Você tem olhos de céu, lábios de cereja, cabelos de ouro, pele de pêssego, nariz de boneca, mãos de princesa, lágrimas de brilhante, dentes de pérola!

Com dor no coração, digo-lhe que foram por estes motivos que eu resolvi trocar-te pela outra. Esta outra que tem olhos de olhos, lábios de lábios, cabelos de cabelos, pele de pele, nariz de nariz, mãos de mãos, lágrimas de lagrimas, dentes de dentes!

Peço, com lágrimas escorrendo pelo semblante, que me perdoe, mas a perfeição já não é o bastante para mim!

Heitor Godau – 23/07/2008

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Criação e Nêmesis

Todas essas pessoas passando pra lá e pra cá, como se soubessem o que querem, da onde vem ou pra onde vão. Talvez elas saibam onde estarão no segundo seguinte, mas e se aumentarmos isso pra minutos, horas ou milênios...nada sabem, malditos humanos! Eles são tão ignorantes quanto eu, a diferença é que precisam pensar porque vivem ao invés de simplesmente viver. Eu sempre os olho aqui de baixo, poucos me vêem, a maioria quase pisa em mim todos os dias, ou porque querem me exterminar ou porque não me viram mesmo de tão insignificante que sou para eles, malditos humanos! Mal sabem eles que somos iguais, lutamos pelo mesmo motivo, temos as mesmas esperanças, somos regidos pelas mesmas leis da natureza. Então o que há de tão diferente entre um maldito humano e uma maldita barata? Comemos lixo, mas eu como os lixos que eles não querem mais e eles comem o lixo pensando que não é lixo. Ando por lugares frios, sujos, úmidos, cheio de outras pestes e seres do submundo. Eles andam por suas cidades sujas, escuras, frias, com prédios que tapam a luz do sol, e fábricas que acinzentam o céu, achando que tudo é muito diferente de onde eu vivo. Eles tentam manterem-se vivos com esperança no futuro. Eu tento manter-me viva com esperança do dia que eles sumirão. Somos iguais, somos tão parecidos que eu os faço lembrar como são sujos e repugnantes, sou a criação e a nêmesis, sou tão eles quanto eles a mim. Isso os deixa furiosos, por isso eles querem me esmagar, acabar comigo, por isso têm medo de mim, pavor, asco. A barata é a alma livre dos malditos humanos!

Heitor Godau – 21/07/2008

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Sonhos

Tudo aconteceu a noite, é como sonho, vai ser esquecido. Sonho é esquecimento, é nada e mais um pouco. É pó e poeira em dia de vento. Noite e sonho andam juntos e desaparecem juntos, vão se apagando e se perdendo enquanto as horas passam, não passa de fingimento bem fingido. Sonho é gravado na gente a lápis, com o tempo some e nem precisa de muito pra isso. Se é bom ou ruim não tem diferença. Vai sumir do mesmo jeito. Assim são lembranças noturnas. São boas demais pra alguém acreditar, mesmo quando parecem pesadelos. Tudo é confuso e abstrato. Mas acredite. Julgue sua vida pelas mentiras sinceras sonhadas e torne-se um sonho junto com seus. Ainda estarei aqui pra te dar um abraço!

Heitor Godau - 17/07/2008

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Do for Her!

A última coisa que eu quero é trasformar um blog tão digno em uma revista de fofoca, e pior...que fofoque sobre a minha vida, mas não tem muito jeito quando o que eu sinto tem de ser colocado pra fora e é bom saber (ou pelo menos imaginar) que isso servirá para alguma outra pessoa (seja como experiencia, como muleta, como ajuda ou simplesmente como entretenimento barato).
É bem difícil falar da nossa vida, já é difícil de falar sobre ela pra nós mesmos, trancados no banheiro, quem dirá pra outras pessoas. Eu detesto falar de sentimentos, mas ao mesmo tempo sou louco para que todos saibam como eu me sinto. Eu sei que é contraditório e confuso, mas eu sou 3 em 1 mesmo, ser contraditório e confuso é da minha natureza. Enfim, estou aprendendo aos pouquinhos a falar sobre mim às pessoas que me interessam saber sobre o que eu sinto. Não é fácil, é muito mais fácil ficar calado e escutar, mas quem disse que eu quero o fácil. Quando se quer algo, você definitivamente sofrerá para conseguir. O problema é quando se trata de querer pessoas, as vezes não basta sofrer para tê-la, você sofre enquanto a tem e depois que perde. O ser humano não devia ser tão frágil, deveria aguentar qualquer coisa, mas qualquer coisa pode feri-lo. Uma facada, um alfinete, um apalavra. Palavras não deviam ter tanto poder, são só um aglomerado de letras...mas até as letras tem um poder imenso sobre o ser humano não é mesmo?! Não é preciso nem mesmo abrir a boca, temos o gesto, temos algo tão insignifante e comum como o olhar para machucar. Um único olhar é capaz de levar qualquer um ao desespero. Como somos fácilmente manipuláveis. Estenda esse olhar para um simples momento de uma hora. Pronto! Temos depressão e sofrimento por uma semana. Chega de falar sobre qualquer coisa específica! Boa noite seres humanos!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Mais Uma Última Vez!

Quando falo com você, parece que estou falando pela última vez. Quando te deixo em casa e falo “até outro dia”, não me sinto como se realmente houvesse outro dia. Um vazio na minha alma que me faz respirar com dificuldade e olhar para baixo. Meus instintos me mandam te segurar, meus instintos me mandam ficar junto de você por que não sei se posso vê-la de novo uma vez mais e isso me corrói por dentro. Faço qualquer coisa pra ficar um pouquinho a mais com você. Te levo a lugares que eu não sei nem como voltar, puxo qualquer assunto só pra ouvir você falar e ter um motivo pra te olhar nos olhos. Quando te deixo em casa e penso em como foi meu dia com você, me lembro das minhas palavras e das suas reações e não gosto de nenhuma das duas coisas. Sempre acho que poderia ter falado coisas melhores, ter ficado quieto em certos momentos e ter feito você rir mais, mas isso é passado. Já te deixei em casa e agora tenho que lidar com o vazio, com a incerteza de te encontrar de novo e se eu finalmente contaria tudo pra você caso eu te encontrasse por uma última vez mais!

Heitor Godau 12/06/2008

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Conto 7

O pedaço de chumbo que esperava ansioso pela explosão do pó negro que o impulsionaria furioso para o seu destino estava sedento por dilacerar toda e qualquer carne que o seu alvo possuísse e usa-se como barreira para proteger-se da morte metálica que lhe era oferecida. O Alvo tremia e suas gotas de medo lhe escorriam pela face, brotando como um rio que tem sua nascente em glândulas humanas. Um desprezo tal pela vida passa na cabeça que comanda a firmeza da mão, a mesma mão que direciona o vil metal que causa desespero a qualquer um que se encontre do lado errado do cano gelado. O dedo hesita por um único segundo, o mesmo segundo que leva para sua mente se lembrar da histeria cínica da vida e seus viventes. O cérebro já cansado de tudo executa sua ordem elétrica ao dedo e este o obedece fielmente como um animal muito bem adestrado, feliz servo aquele que puxa o gatilho para seu dono ao invés de puxá-lo por ele, morrendo assim uma vitima e nascendo assim um covarde que será pra sempre seu mestre e senhor. O servo que puxa o gatilho para seu mestre e senhor, estará de vez eliminando o covarde para iniciar nas memórias-póstumas um outro tipo de covarde que os humanos costumam admirar mais do que o primeiro tipo, o servo eliminará também sua servidão para criar um novo mendigo imundo, pois não há mais mestre para servir então servirá o mundo como despojado e arrojado. Pois bem assim é com o dedo servidor e seu mestre supremo que lhe ordena todo e qualquer movimento. O chumbo quente penetra na têmpora e rasga os tecidos, afasta qualquer barreira imposta pelo mundo e pela biologia até chegar no alvo pré-determinado pelo mão que é mestre inferior do dedo e servo igual da grande massa que está no topo do universo de cada ser. O algoz sibila ao furar e quebrar a caixa craniana, uma das últimas barreiras a ser vencida. Transpassar a massa é seu objetivo final, o resto é uma explosão de liberdade, vai muito além do ideal de uma simples bala que já cumpriu o dever proposto pelo destino e pelo mundo. O Antigo alvo cai de joelhos, pois seu mestre falha em lhe comandar algo, está tão atônito pelo fim existencial de seu igual que a ordem para que seus servos se mantenham nos lugares determinados se evapora e some do tempo e espaço como se nunca houvesse existido. A mudança de alvos surpreende a qualquer um, mas nenhum ser anteriormente desprezado pelo atual inexistente vai entender essa alteração no rumo da história, pois o único que sabia dos “porquês” e “comos” se destruiu em um último suspiro de ordem levando consigo a razão sincera do último mandamento para seus servos que tanto lhe foram prestativos e fieis.

Heitor Godau - 30/05/2008

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Spawn - O Soldado de Mordor

Boa tarde, pessoal! A um tempo atrás eu comprei em uma feira de quadrinhos, entre tantas revistinhas, o volume único de Spaw chamado "Spaw Godslayer". Como a HQ estava lacrada em um plástico, eu comprei apenas por que a capa me chamou a atenção, não estava sabendo nada sobre a história. Foi por esses dias (no domingo ou na segunda) que eu resolvi abrir e ler a tal revistinha misteriosa. quando cheguei na página 9 (a primeira ilustrada) pensei comigo "que lindo, os desenhos estão ótimo". Li a pag 9 e segui para a apag 10, quando cheguei lá...é impressionante, levei um choque, os desenhos, cores, arte-final, tudo, está simplismente maravilhoso. "Spawn Godslayer" traz a história bem elaborada de Brian Holguin, uma história em um clima de "Conan" e "O Senhor dos Anéis" com direito a dragões lendários, reinos devastados, magia ancestral, deuses furiosos, um matador de deuses (o Godslayer) e todo resto dos reinos do fantástico. O lápis que, na minha opnião, foi o grande trunfo do quadrinho é de Jay Anacleto com a participação de Lan Medina e Brian Haberlin (este último também é lápis na nova fase mensal do soldado do inferno). As cores ficam por conta de Andy Troy(que coloca cor nos desenhos mensais de Haberlin) e novamente temos a mão do Brian Haberlin. As letras são do Luca Favin. A Capa é de Jay Anacleto e Brian Haberlin (em Spawn Gosdlayer temos muito mais de Brian Haberlin só para você)!
Essa HQ realmente vale muito a pena, um dos trabalhos mais lindos que eu já vi, a história é boa, com certeza, porém o desenho e a cor são os que realmente valem no volume único desse Spawn de outras eras!
Para os fãs de quadrinhos ou para os que decidiram começar agora, degustem "Spawn Godslayer"!

terça-feira, 29 de abril de 2008

ENTENDIDO CAVALEIRO?

Os dois cavaleiros estão prontos a lutar pelo amor da donzela, porém a donzela não ama nenhum.
Eles partem com seus cavalos, suas lanças apontam para o coração, o vento não é páreo para esses gladiadores, quando um deles olha de relance para a donzela percebe que atrás daquele rosto emburrado existe uma moça com esperança de encontrar um amor.
Foi então que este cavaleiro parou...e entendeu que ele não conquistará o amor de uma moça derramando sangue por aí. Quando ele pensou nisso sentiu seu peito ser atravessado por um pedaço de ferro e o seu sangue foi o derramado...

Heitor Godau - 2002

domingo, 20 de abril de 2008

Nova cara, velha cretinisse!

Estamos de cara nova! Cretinofagia saiu do "zip.net" (vulgo blog uol) para adentrar no fantástico mundo dos blogs da google (ou blogger se preferir, ou quem sabe gmail, ou também dominadores do mundo, tanto faz)! Acredito que aqui o blog vai progredir mais e vou poder molda-lo bem melhor. A cara é nova mas ainda devoro toda e qualquer cretinisse que o mundo me apresente do mesmo jeito que devorava antes!
Obrigado a todos...e degustem!