segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Sinceramente Falso


Quando ando na rua

As pessoas me apresentam seu sorriso pronto

E estendem a mão suada

Mas deixam em pose nua

Todo seu repugnante ser escroto

E a alma deformada



Ninguém nunca tem ciência

De qual sorriso está usando

Apenas vestem um e usam livremente

Sem saber da veemência

Que esse órgão malandro

Teria se usado sinceramente



Por isso convidamos que venha junto

Seja também um ilusionista

E brinque com nossos sentidos

Esqueça o espírito, esse pobre defunto

Traga seu sorriso de artista

Pintado com carvão de corações partidos



Heitor Godau – 18/03/2007

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